[ a verdade tem sempre uma face evidente ]
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[ recortes de inconformismo ]
2004.08 2004.09 2004.10 2004.11 2004.12 2005.01 2005.02 2010.01 2010.02
Renúncia Inconformada, que, num desespero esforço de encontrar os secretos tesoiros da unidade eterna, às vezes os leva a meter um cartucho de dinamite nas pedras veneráveis, a ver se elas resistem à inquietação do presente. MT
Inconformado at 9:46 da tarde
Como é possível utilizar a linguagem para afirmar a ambiguidade irredutível da
própria linguagem. Não será esta posição paradoxal, contraditória e até
autodestrutiva.
Inconformado at 9:09 da tarde
(...) Há alturas em que temos de assumir um compromisso, deixar de ser
subserviente e passar a ser irreverente!Tem 66 anos e mostra uma vitalidade impressionante. Não tem medo de afrontar os governantes e de os acusar de serem incompetentes. Portugal precisa de gente que não vá na onda, mas sim que marque as marés. Precisa de cultivar, em última instância, o poder de contestação e de afrontamento às verdades dos novos gurus dos sistemas, políticos ou empresariais.
Vítor Raínho sobre BELMIRO DE AZEVEDO
Inconformado at 9:38 da tarde
Os argumentos de Manoel de Oliveira são na sua grande maioria feitos a partir de
textos literários, que já por si são a subversão do real, tornando-se assim
ainda mais subvertidos a partir do momento que a linguagem cinematográfica os
representa.Com isto, Oliveira cria intrigas entre personagens que não existem,
estão para além do real, mas apresentam-se ao espectador num cenário verosímil,
o que lhe causa perturbação e inconstante inconformismo com
aquilo que os seus olhos vêem.Há uma espécie de violência nas palavras dos seus
actores, nas suas atitudes que chocam com a verosimilhança dos cenários, com os
ordenamentos gerais dos filmes.Há no cinema de Oliveira uma dualidade: real
versus ficcional que se chocam permanentemente sem que o espectador se saiba
onde colocar, se do lado real ou ficcional.
Inconformado at 9:49 da tarde
Muito mais do que um romance de aventura; muito mais do que uma descrição de
países exóticos e distantes; muito mais do eu um longo volume de memórias
pessoais, é uma corajosa denúncia da hipocrisia de homens que diziam que andavam
a espalhar a fé de Cristo e estavam a encher as suas algibeiras.
Inconformado at 7:52 da tarde
Na Democracia Participativa os cidadãos tomam as decisões de modo organizado. Porque obriga a uma
partilha do poder decisório, a complementaridade entre Democracia Representativa e Democraicia Participativa é difícil, mas,
como mostram as experiências a nível municipal, não é impossível. Penso aliás
que nessa complementaridade está o futuro da democracia.Os inconformistas quase
nunca têm razão nos precisos termos em que se manifestam. Mas quase sempre têm
razão na identificação do problema que os inconforma e no sentido geral da
solução que eventualmente lhe será dada. Aos inconformistas só a história, nunca
os contemporâneos, pode dar razão.
Inconformado at 9:25 da tarde